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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

''Ela aproximou-se da ponte, estava pra pular. Por um momento achou que tudo estivesse perdido. Desde a morte de seu pai, as coisas não iam muito bem. Mas nada no mundo justificaria que uma garota tão inteligente, doce e linda tivesse um final assim. Ela aproximava-se da ponte, como muitos fazem ou fizeram, em tempos de depressão, de todos os tipos, iam naquela velha ponte do Brooklyn, e se jogavam de lá. O amor pode matar, de certa forma, ou pode fazer viver, acho que é simplesmente uma escolha. A esperança dá força aos fracos, assim como dá força aos fortes, acho que o amor é como a esperança, é uma carta, que aparece, e nos coloca à frente pra desafiar e jogar contra a vida. E vencer, adquirir a felicidade, controlar a vida com a felicidade. O amor é a força disso tudo , talvez. Cecilie, na ponte, não pensou em tudo isso. Mas, ela, de certa forma, reluzia tudo isso em suas lembranças de infância, com seu pai, e em todos os seus momentos felizes da vida. Dizem que suicídio é um ato de covardia. Eu acho que não. De certa forma é preciso coragem para fazer isso. Quando Cecilie ia pular, uma força a puxou de volta. Não era Deus, fisicamente, espiritualmente talvez fosse. Era seu namorado, Shifty, que correu ajudar. A abraçou tão violentamente que não soltou-a mais. Havia puxado-a de volta à vida, digamos assim. Ficou por 5 minutos abraçado a ela, quando começaram a vir policiais. Naquele momento , apesar de muita gente, parecia que os dois estavam sozinhos, como um quadro, uma música, soluçando carinho, admiração e alegria. E alívio. Shifty não havia deixado Cecilie tirar a própria vida. De alguma forma, Shifty a salvou de todas as maneiras que uma garota podia ser salva. Estava junto dela nestes últimos segundos, como prometera ficar por todo o sempre. Ela estava salva, salva, enfim...Héber Bensi

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