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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Quando a poeira se mistura às nuvens (Héber Bensi)

Quando a poeira se mistura às nuvens,
Até a fatigada e fracassada poesia
Vira instrumento dos anjos, aproxima-se
De Deus...corajasosamente segue em frente.

Mortos velam vivos, vivos velam mortos,
É assim, caminha o mundo, e o último
Andar é muito longe para um alento alcançar,
A glosa, cristalina...lendário poeta a rimar.

Embaixo do chão é onde todo homem morto vai,
Avistam outros campos os olhos de eternidade...
Quando a poeira se mistura às nuvens,
O Senhor Deus põe os seus olhos em mim...

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