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terça-feira, 7 de agosto de 2012



Eu e as palavras (Héber Bensi)

Eu sou o garoto das palavras, grandes , pequenas, bonitas, feias, de todas elas, não importa descrever ou decifrar o léxico sublinhado na ciência ou metafísica, coisas tão complexas assim. Não nasci com o dom da pintura, tão mágico como Dali ou Picasso, ou ainda na própria poesia, não fui como o Shakespeare e seus valores do teatro, ou na poesia petrificada maravilhosa de luta do Bertold Brecht. Eu fui simples com minha arte, tinha a pureza no coração e nunca tive a pretensão de representar o mundo e suas diversidades. Eu apenas repsentava a minha paz e o meu amor na diversidade dos meus valores buscando realizar tantos sonhos, porque nunca achei besteira sonhar e ir atrás do importante pra mim. Escrevi apoesia como o pintor que pinta, o alpinista escalando em seu trajeto ao mais alto dos lugares, busquei Deus no objeto da linguistica, o signo de luz e carinho, vi o mundo em palavras, porque não achei que a foto ou as coisas concretas representassem tanto amor, como a minha forma de ver o mundo nas palavras incandescentes, explodindo em poesia, nos versos todos, busquei Deus assim, quando fui o menino das palavras, o menino poeta, o menino feliz.

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